07/04/2009

O Ouriço Temeroso

E toda noite, lá pelas tantas, depois que todos se recolhiam o jovem Ouriço se prostrava na sua janela.
Pensava sempre naqueles seus espinhos que machucavam quem ele não queria machucar, mas temeroso como sempre foi, insistia em lançá-los ao menor sinal de susto.
Tentava sempre buscar uma solução para esse seu problema. Mas o que ele poderia fazer? Debaixo daquela couraça forte se escondia um corpinho bem frágil! Essa era sua defesa e não poderia ficar sem ela.
E toda a noite ele fitava as estrelas, sonhando com quem poderia lhe dar apenas um cafuné e um daqueles abraços apertados que mandam qualquer sinal de tristeza e solidão embora.