E toda noite, lá pelas tantas, depois que todos se recolhiam o jovem Ouriço se prostrava na sua janela.
Pensava sempre naqueles seus espinhos que machucavam quem ele não queria machucar, mas temeroso como sempre foi, insistia em lançá-los ao menor sinal de susto.
Tentava sempre buscar uma solução para esse seu problema. Mas o que ele poderia fazer? Debaixo daquela couraça forte se escondia um corpinho bem frágil! Essa era sua defesa e não poderia ficar sem ela.
E toda a noite ele fitava as estrelas, sonhando com quem poderia lhe dar apenas um cafuné e um daqueles abraços apertados que mandam qualquer sinal de tristeza e solidão embora.
Aceitaria o meu?
ResponderExcluirAdorei o texto, o personagem e como sempre o olhar e o traço meigo e sincero.
de você sabe quem. ;)
Quanto mais frágil, mais grossa e forte acaba se tornando, um dia, essa couraça. Não é mesmo? Verdadeiramente fortes e livres seremos no dia em que não precisarmos de couraças. Será que este dia chegará nos dias de hoje?
ResponderExcluirLindos textos e maravilhosas aquarelas. Continue assim, alimentando nossos sonhos.
Um beijo!